30 de Maio, 2019
Por: Lázaro Mattos
Na noite de quinta-feira (23), alunos das turmas dos nonos períodos A e B, do curso de Direito da Faculdade Presidente Antônio Carlos de Ubá, participaram de um Júri Simulado, no Auditório Professor Bonifácio Andrada, com objetivo sentirem e vivenciarem a real sensação de atuarem em um tribunal criminal. Todo o processo experimentado se deu com o auxílio e orientação dos professores Ricardo Braida e Valéria Gazolla.
Na ocasião os alunos simularam todo o processo de um tribunal de júri, passando pela defesa, acusação, interpretando os papéis de advogados, promotores, serventuários da justiça, bem como do réu e testemunhas. Agregando valor ao aparente júri, o Excelentíssimo sr Ellon Agostini, Defensor Público na Comarca de Ubá, atuou como Juiz durante a simulação promovida pela Faculdade. Já o corpo de jurados contou com a participação dos alunos do segundo período do curso de Direito da instituição.
De acordo com a coordenadora do curso de direito da Fupac Ubá, Patricia Mattos Amato Rodrigues, “Todo o processo do juri foi desenvolvido a partir de uma simulação prática vivenciada e já julgada na Comarca de Ubá”. A coordenadora do curso também destaca que “a introdução do júri simulado nas atividades acadêmicas é primordial para vivência do exercício forense, visto que aproxima a teoria da prática”.
Alysson Doriguêtto Pereira e Paulo Cesar Bento Mantovani Junior, acadêmicos do curso de Direito, falaram sobre a experiência em participarem do júri simulado.
“Foi uma experiência muito bacana, pois você sabe que ali é apenas uma simulação, contudo, você fica apreensivo o tempo todo para ver qual desfecho será tomado. A cada palavra dita pela acusação você fica torcendo para que sua defesa rebata de uma forma ainda melhor. Certamente foi uma experiência muito boa”. Declarou Alysson, que, na ocasião fez o papel de réu.
Paulo César, que atuou na acusação declarou: “Senti-me extremamente honrado em participar da equipe acusatória. Sempre tive como objetivo ser admitido como Promotor de Justiça pelo Ministério Público, órgão que desempenha o lado acusatório e fiscal da lei. Desde o primeiro período assisto a todas as sessões de julgamento em Plenário do Júri em minha comarca (Visconde do Rio Branco) e passei a me identificar ainda mais com a atuação do Promotor de Justiça. Quando fui aprovado para estagiário junto à 2ª Promotoria de Justiça da comarca, que atua na vara criminal, execuções penais e tribunal do júri, me senti abraçado pela causa. No momento em que me informaram que fui sorteado para participar junto a outros sábios colegas no júri simulado, me senti extremamente honrado, contente e realizado, pois sempre me identifiquei com o viés Ministerial existente num júri e, ter a oportunidade de debruçar e debater um caso concreto, em Plenário, enquanto ainda acadêmico, com partes tão ‘edis’, foi um momento que ficará eternamente gravado na bagagem que eu, e todos os meus colegas hão de carregar”.
Por fim, os alunos participantes também falaram sobre a importância da realização do Júri Simulado para a vida acadêmica e pós-acadêmica.
De acordo com Alysson, “o júri simulado é de extrema importância, pois ele nos permite a presenciar toda a situação proposta não somente como expectadores, mas sim como protagonistas do que está acontecendo, possibilitando assim um maior conhecimento do assunto, bem como servindo de grande aprendizagem para todos, tanto para nós que estamos nos formando, como para aqueles que acabaram de entrar no curso.”
O acadêmico Paulo Cesar destacou: “Esse júri simulado foi, em termos gerais, o primeiro contato efetivo com a prática jurídica real. O júri é o ápice do direito, onde [quase] tudo é válido para se incutir nos jurados a sua tese, seja ela qual for. Poder avaliar um caso real, tecer e elaborar teses, preparar o discurso e as narrativas e também estar pronto para contraditar os colegas da parte contrária é algo que aula teórica alguma concede. Entendo que todo estudante de direito deveria assistir o quanto mais for possível a julgamentos pelo Tribunal do Júri, e o fato de a FUPAC possibilitar a efetiva participação dos alunos, seja integrando a equipe acusatória ou defensória, seja como jurados ou como espectadores, é algo que se deve frisar como uma contribuição enorme para o crescimento intelectual, moral e ético de todo jurista. Para mim, o fato de ter desempenhado o papel que labutei, apenas confirmou em mim o desejo de seguir carreira no Ministério Público e me estimulou ainda mais a esforçar diariamente os estudos para tal fim”.